Neste
artigo da professora Vera Regina Pereira de Andrade vamos tentar entender um
pouco sobre a ciência da Criminologia.
ARTIGO: Do
paradigma etiológico ao paradigma da reação social: mudança e permanência de paradigmas
criminológicos na ciência e no senso comum:
Origem do artigo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15819/14313
A
autora logo nos avisa que antes de se tratar de uma pesquisa numa perspectiva
histórica, ela é sincrônica, para dizer da mudança do paradigma etiológico para
o paradigma da reação social que a Criminologia experimenta desde a década de
sessenta de nosso século...
Panópticon |
A
autora nos deixa livre para nos questionarmos sobre, diz ela: “deixamos que o leitor extraia suas próprias
conclusões”.
Pelo
minha compreensão do artigo, a autora procurou trazer as questões da
criminologia positivista que acaba por coisificar o ser. Outro ponto que ela
traz é de como o sistema penal vigente trabalha com uma imagem estereotipada e
preconceituosa da criminalidade e do criminoso, mesmo olhar do senso comum. A
Criminologia positivista seria como uma mera reprodutora de controle social e
higienizador que não consegue romper com certos problemas e não nos oferece
nenhuma solução ou nem mesmo problematiza as questões sociais que envolvem o
indivíduo. Como se o crime, a violência e a delinquência tivessem uma origem praticamente
congênita. A Criminologia como está posta, nos passa uma imagem estereotipada e
preconceituosa da criminalidade e do criminoso. Neste sentido eu concordo
plenamente com a autora. Lembrei-me do livro do Melman, “Alcoolismo,
Delinquência e Toxicomania”. De como "funcionam" os atos delinquentes
dos adolescentes, quais as implicações... Não sei se concordo plenamente com o
artigo. Mas, compreendo que quando trabalhamos com adolescentes infratores, por
exemplo, estamos lidando muito mais com o ambiente social e a fantasmática
familiar do que com o crime, o criminoso propriamente. Não existe um criminoso.
Existe um sujeito atravessado pelo social. Acho que é por ai... Somos biopsicosociais!
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