I
AM é a história de Tom Shadyac, um diretor de sucesso em
Hollywood, que após um perigoso ferimento na cabeça e experimenta uma jornada
para tentar descobrir e responder duas questões bem básicas: “O que está
errado no mundo?” e “Que podemos fazer sobre isso?” Com uma equipe de quatro
pessoas, Tom visita algumas das grandes mentes dos dias de hoje, incluindo
escritores, poetas, professores líderes religiosos e cientistas (Howard Zinn,
Lynn McTaggart, Desmond Tutu, Thom Harmann, Coleman Barks), buscando descobrir
o fundamental problema endêmico que causa todos os outros problemas, refletindo
simultaneamente em suas próprias escolhas de excesso, ambição e possível cura.
E se a solução para os problemas do mundo estivesse bem na nossa frente o tempo
todo?
Assistir no VIMEO:
Postagem meio “troncha”, mas
compactuando que devemos assistir algumas coisas para provocar outras... Documentário
naquela linha autoajuda (BULLSHIT), onde somos rodeados por vários cifrões
imaginários... e, apregoados de felicidade passageira. Mesma linha de “O
Segredo”, “Quem somos nós”, “Al Gore” e por ai vai. Oferecer, de certa forma,
aquilo que se deseja. Porém, tirem suas próprias conclusões. Vou tentar utilizar
este documentário para fazer um contra ponto com Nietzsche.
"Os mais preocupados perguntam hoje: “Como
se conserva o homem? Zaratustra
pergunta, é o primeiro e único a fazê-lo: Como será o homem superado?”
(Nietzsche, em "Assim Falou
Zaratustra")
Zaratustra proclama a falência
da civilização e a aurora de uma nova era. É o anúncio de que o homem deve
superar a si mesmo, à sua potencialidade negada. Procurando sacudir o velho
homem, que vivia enclausurado no seu pessimismo e ilusão, o novo pretende ser
substituto daquele. O superar típico do super-homem, entendido como ato de
abertura para o nada ou para o sagrado, nada mais é do que a própria vontade de
poder. O super-homem como superação implica a dimensão do divino, que, segundo
Nietzsche, seria um “ponto” na vontade de poder. Sendo assim, o divino não é
uma coisa separada do homem, tampouco uma realidade para fora de si e que tem
poder de manipulação, mas o divino e o humano se encontram no ato contínuo e
ininterrupto de superação do objeto conhecido e, por conseguinte, na
consciência do não-poder em relação ao não-objeto, isto é, ao nada.
Entre
minhas obras ocupa o meu Zaratustra um lugar à parte. Com ele, fiz à humanidade
o maior presente que até agora lhe foi feito (...) é também o mais profundo, o
nascido da mais oculta riqueza da verdade, poço inesgotável onde balde nenhum
desce sem que volte repleto de ouro e bondade. Aqui não fala nenhum “profeta”,
nenhum daqueles horrendos híbridos de doença e vontade de poder chamados
fundadores de religiões. É preciso antes de tudo ouvir corretamente o som que
sai desta boca, este som alciônico, para não se fazer deplorável injustiça ao
sentido de sua sabedoria. (NIETZSCHE, 1995, p. 19).
Precipitar o homem cada vez
mais no abismo é uma experiência necessária da qual decorrerá a aceitação incondicional
de todo acontecer. Levado isso em conta, é preciso insistir no fato de que a
negação de Deus como valor supremo coloca o homem diante de uma experiência de
superação de si: “Deus é uma suposição; mas quem beberia, sem morrer, todo o
tormento dessa suposição?” (NIETZSCHE, 1995, p. 100). É nesse sentido que o
surgimento do além-do-homem depende de todo um labor do homem sobre si mesmo,
de uma criação de si como forma de se redimir de sua humanidade: “Criar – essa
é a grande redenção do sofrimento, é o que torna a vida mais leve. Mas, para
que o criador exista, são deveras necessários o sofrimento e muitas
transformações” (NIETZSCHE, 1995, p. 101). Essa ideia de que o homem é apenas
um momento de transição para algo de melhor ou superior. Nietzsche fornece
pistas de que somente o ato de criar é capaz de redimir o homem de sua própria condição
e lançá-lo para além de si mesmo:
Mas
novamente e sempre para os homens, impele-me a minha ardente vontade de criar;
do mesmo modo é o martelo impelido para a pedra. Ah, dorme na pedra para mim, ó
homens, uma estátua, a imagem das minhas imagens! Ai de mim, que ela deva
dormir na pedra mais dura e mais feia! Agora, enfurece cruelmente o meu martelo
contra a sua prisão. Despede a pedra um pó de estilhaços; que me importa? Quero
concluir a estátua: porque uma sombra veio a mim – a mais silenciosa e leve de
todas as coisas veio a mim! A beleza do além-do-homem veio a mim como uma
sombra. Ah, meus irmãos! Que ainda me importam – os deuses!” (Assim falou Zaratustra
NIETZSCHE, 1995, p.101).
Abaixa
o Nietzsche, Assim Falou Zaratustra: (Sabotagem,
Salve, salve):
(Só
não tem catalogação bibliográfica. Ok?!)
Referências:
NIETZSCHE, Friedrich. Assim
falou Zaratustra. Trad. de Mario da Silva. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
http://www.cchla.ufrn.br/saberes/
< Acessado em 21.07.2013>
Um comentário:
Sacanegem! Tiraram o vídeo do ar e não encontro mais... Sorry!
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