
Por: Gonzalo Penalvo
“Noite passada encontrei-me nos braços de uma implacável dama. Em seu abraço repousei perdendo a realidade. Ela insiste em cravar-me suas presas noite após noite. Extrai-me a vida - e não para servir-se dela – despreza-a e o faz por deleite. Dormi em seu colo, envolto por hipnótico manto, que tal qual negro vórtice absorve minha essência subjugada.
“Siren” obscura, Senhora da noite, entoará novamente sua doce melodia, passaporte para a morada de Morpheus? Magnífica mansão etérea onde anseio refugiar-me. Mundo de ilimitados mundos, de infinitas portas. A cada adormecer vago errante por seus corredores onde o amado e o odiado se unem e pelos quais Desejo perscrutar entre a beleza sublime e a loucura.
Cara Dama, empresta tuas asas à minha percepção, para que nela encontre a chave da noite. Será que adentrando a senda do desconhecido verei o mundo além das aparências? Apenas fantasio o que lá encontraria: angústia? verdade? Êxtase e desespero poderiam surgir entrelaçados, não me admiraria, pois não é esse o caminho do impossível?
Diante dela ergue-se frágil, torpe e insignificante toda construção humana, cujo destino está assegurado na poeira do universo. Serenamente vê isso tudo, apenas observa a transitoriedade das coisas, sorrindo orgulhosamente por estar além destas, por transcendê-las.
Através da morte, tens o controle da vida. Comanda pela passividade. De ti emana uma aura pulsante, constante, letárgica. Em ti aposto minha esperança, oh pulsão de morte!
Dominadora do universo, guia da dispersão, tens assegurada a vitória final.”
“Siren” obscura, Senhora da noite, entoará novamente sua doce melodia, passaporte para a morada de Morpheus? Magnífica mansão etérea onde anseio refugiar-me. Mundo de ilimitados mundos, de infinitas portas. A cada adormecer vago errante por seus corredores onde o amado e o odiado se unem e pelos quais Desejo perscrutar entre a beleza sublime e a loucura.
Cara Dama, empresta tuas asas à minha percepção, para que nela encontre a chave da noite. Será que adentrando a senda do desconhecido verei o mundo além das aparências? Apenas fantasio o que lá encontraria: angústia? verdade? Êxtase e desespero poderiam surgir entrelaçados, não me admiraria, pois não é esse o caminho do impossível?
Diante dela ergue-se frágil, torpe e insignificante toda construção humana, cujo destino está assegurado na poeira do universo. Serenamente vê isso tudo, apenas observa a transitoriedade das coisas, sorrindo orgulhosamente por estar além destas, por transcendê-las.
Através da morte, tens o controle da vida. Comanda pela passividade. De ti emana uma aura pulsante, constante, letárgica. Em ti aposto minha esperança, oh pulsão de morte!
Dominadora do universo, guia da dispersão, tens assegurada a vitória final.”
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