Quadro "O Pesadelo" de Henry Fuseli (1741-1825)

* A Peste Onírica é um delírio subversivo. Postamos aqui nossas réles "produçõezinhas"; nossos momentâneos surtos de divagações em nome do Real do Simbólico e do Imaginário. Estão aqui nossos ensaios para que possamos alçar outros vôos num futuro próximo. Aproveitem os links, os materiais, as imagens, as viagens. Sorvam nossas angústias, nossas dores e masquem nossa pulsão como se fosse um chiclete borrachento com sabor de nada. Pirateiem, copiem, contribuam e comentem para que possamos alimentar nosso narcisismo projetivo. E sorvam de nossa libido, se assim desejarem.


domingo, 15 de novembro de 2009

Letargia


Por: Gonzalo Penalvo


Como quizera me desfazer, partir-me num infinito de pedaços, dissolver meu Eu no todo, anulando toda tensão em mim contida. Sem mais conflito, medo ou dor, minha essência dissipada na escuridão. Em meus pensamentos ressoa uma canção de morte, melodia inerte proibida para os ouvidos dos vivos. Morte, em suas mãos quero fazer meu leito, repouso absoluto, descanso eterno. Em ti encontrarei liberdade e salvação. Resolve, por fim, a incompletude de minha existência. Faz-me pleno em sua negra profundidade, absorva-me em seu vazio de perfeição. Meu ser a busca numa ansiosa passividade, letargia. Letargia me consome. Letargia, me consuma!

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