Quadro "O Pesadelo" de Henry Fuseli (1741-1825)

* A Peste Onírica é um delírio subversivo. Postamos aqui nossas réles "produçõezinhas"; nossos momentâneos surtos de divagações em nome do Real do Simbólico e do Imaginário. Estão aqui nossos ensaios para que possamos alçar outros vôos num futuro próximo. Aproveitem os links, os materiais, as imagens, as viagens. Sorvam nossas angústias, nossas dores e masquem nossa pulsão como se fosse um chiclete borrachento com sabor de nada. Pirateiem, copiem, contribuam e comentem para que possamos alimentar nosso narcisismo projetivo. E sorvam de nossa libido, se assim desejarem.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Música do Faminto


A música do faminto é escutar murmúrios que são seus -
Murmúrios de sua própria alma álacre.
É ouvir sussurros que não provocou;
Além dos gemidos perturbadores vindos de longe
A música do faminto é sentir um gozo que não é seu
Faz o outro gozar e passa fome
Satisfaz sua ânsia olhando a boca lambuzada do outro
A música do faminto é cantar canções de outros
A música do faminto são aspersões
Às vezes come ar,
Noutras, come e bebe nada,
Por isso é faminto.
O faminto despreza o que tem
E o que não tem, faz de música a imaginação à flor da pele.

Anatólia Akkale
18.01.2010 (que data horrenda)

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