Suzana Herculano-Houzel, nesta entrevista, nos fala da pesquisa no Brasil, de seu percurso nas instituições estrangeiras e pontua de forma muito direta a falta de investimentos na pesquisa brasileira, nos diz ainda de que em nossas universidades não temos pesquisadores mas, professores que não recebem incentivo para a pesquisa.
Nos fala da distinção entre mente e cérebro e responde de forma muito interessante sobre os estudos da psicanálise e a neurociência.
Formada em Biologia Modalidade Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Fez mestrado pela universidade americana Case Western Reserve (1995), doutorado na França pela Pierre et Marie Curie (1998) e pós-doutorado na Alemanha pelo Instituto Max Planck (1999), todos em neurociências.
Em 1999 voltou ao Brasil e passou a dedicar-se à divulgação científica, lançando também o site Cérebro Nosso de Cada Dia.
É autora de alguns livros, produziu inúmeros artigos científicos, além de textos e colunas para revistas e jornais como Folha de S. Paulo.
Exerce o cargo de professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 2002, além de dirigir o Laboratório de Neuroanatomia Comparada.
É membro do corpo editorial da Revista Neurociências e colaboradora de Jorge Zahar Editor.
Livros:
Sexo, Drogas, Rock and Roll... & Chocolate (Vieira & Lent, 2003)
O Cérebro em Transformação (Objetiva, 2005)
Por que o Bocejo É Contagioso? (Jorge Zahar Editor, 2007)
Fique de Bem com seu Cérebro (Sextante, 2007)
Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor (Sextante, 2009)
Site oficial
Cérebro Nosso de Cada Dia
Entrevista para o programa Roda Viva em 2008
"É hora de parar de mentirinhas e fazer campanha pela razão certa: não
porque maconha é "leve" (não é, maconha vicia, e bem rápido), muito
menos porque "não faz mal" (faz, sim), e sim porque a proibição
obviamente não funcionou para conter a expansão do tráfico. Eu mesma
fui, por muito tempo, contrária à legalização, por acreditar que era
papel do Estado proteger os cidadãos contra suas próprias más escolhas.
Mas deixei disso: agora acho que cada indivíduo deve ser
responsabilizado por suas próprias escolhas, boas ou ruins, e é papel do
Estado proteger os cidadãos contra as más escolhas DOS OUTROS, com
penas severas para quem causar danos a terceiros sob influência.
Legalizar a maconha é um bom começo, que espero que logo seja estendido
para todas as outras drogas formadoras de vício. Isso deve ser bem mais
produtivo do que a tentativa de conter o tráfico, que tem se mostrado
tão eficaz quanto enxugar gelo, aqui e em outros países".
(Palavras da Suzana, a neurocientista de plantão, lá em sua página)
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