Quadro "O Pesadelo" de Henry Fuseli (1741-1825)

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sábado, 7 de março de 2009

O Alienista


Para quem quiser saber do Alienista, eis um pequeno resumo da obra e suas relações, no final do texto encontram-se os links que dão acesso ao livro digitalizado. Boa leitura! E não se esqueçam das palavras de Maomé:


“ Veneraveis são os dóidos, pois Alá lhes tirou o juízo para que não pecassem.”
- Machado de Assis -


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Machado de Assis

O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis. Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos porém, considera a obra um conto mais longo, por causa da sua estrutura narrativa.


Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos, havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882. É a base para o tipo de conto brasileiro que viria a seguir, assim como peça fundamental do Realismo. Para muitos, é considerado como o primeiro romance brasileiro do movimento realista. Uma frase dita por Machado de Assis: "Se você não é um homem, então, não têm palavras o suficiente para falar a respeito de outros homens..."


Análise da trama

Observa-se nesta obsessão do alienista em experimentar - e justificar todos os seus excessos como um benefício ao futuro da ciência - uma crítica machadiana ao cientificismo predominante no século XIX.


A obra também é um retrato irônico e cruel do sistema de internação psiquiátrica da época, muito semelhante a um presídio.


Trata-se de um grande médico, que busca reconhecer em que consiste a loucura, mas sendo mais objetivo, tenta desvendar esse grande enigma que o rodeia.


Resumo da trama

Zona de Spoilers: Se ainda não leu o livro, pare agora.


Simão Bacamarte é o protagonista, médico conceituado em Portugal e na Espanha, decide enveredar-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os. Funda a Casa Verde, um hospício na vila de Itaguaí e abastece-o de cobaias humanas. Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa etc. Costa, rapaz pródigo que dissipou seus bens em empréstimos infelizes, foi preso por mentecapto. A tia de Costa que intercedeu pelo sobrinho também foi trancafiada. O mesmo acontece com o poeta Martim Brito, amante das metáforas, internado por que se referiu ao Marquês de Pombal como o dragão aspérrimo do Nada. Nem D. Evarista, esposa do Alienista escapou: indecisa entre ir a uma festa com o colar de granada ou o de safira. O boticário,os inocentes aficcionados em enigmas e charadas, todos eram loucos. No começo a vila de Itaguaí aplaudiu a atuação do Alienista, mas os exageros de Simão Bacamarte ocasionaram um motim popular, a rebelião das canjicas, liderados pelo ambicioso barbeiro Porfírio. Porfírio acaba vitorioso, mas em seguida compreende a necessidade da Casa Verde e alia-se a Simão Bacamarte. Há uma intervenção militar e os revoltosos são trancafiados no hospício eo alienista recupera seu prestígio. Entretanto Simão Bacamarte chega á conclusão de que quatro quintos da população internada eram casos a repensar. Inverte o critério de reclusão psiquiátrico e recolhe a minoria: os simples, os leais, os desprendidos e os sinceros. O alienista contudo, imbuído de seu rigor científico percebe que os germes do desequilíbrio prosperam porque já estavam latentes em todos. Analisando bem, Bacamarte verifica que ele próprio é o único sadio e reto. Por isso o sábio internou-se no casarão da Casa Verde, onde morreu dezessete meses depois, apesar do boato de que ele seria o único louco de Itaguaí, recebeu honras póstumas.


Ligações externas

O Wikisource tem material relacionado a este artigo (dividido em capítulos): O Alienista

Onde Encontrar o Livro:

O Alienista em PDF
Texto do livro na íntegra
audiobook

# E para quem quiser, um pouco mais, dê um chego no endereço abaixo que encontrará um ótimo texto: “Mania de saber: ironia e melancolia em O Alienista, de Machado de Assis”.
http://www.fundamentalpsychopathology.org/art/jun3/6.pdf .
Esse trabalho encontra-se na Revista LatinoAmericana de Psicopatologia Fundamental.

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