Quadro "O Pesadelo" de Henry Fuseli (1741-1825)

* A Peste Onírica é um delírio subversivo. Postamos aqui nossas réles "produçõezinhas"; nossos momentâneos surtos de divagações em nome do Real do Simbólico e do Imaginário. Estão aqui nossos ensaios para que possamos alçar outros vôos num futuro próximo. Aproveitem os links, os materiais, as imagens, as viagens. Sorvam nossas angústias, nossas dores e masquem nossa pulsão como se fosse um chiclete borrachento com sabor de nada. Pirateiem, copiem, contribuam e comentem para que possamos alimentar nosso narcisismo projetivo. E sorvam de nossa libido, se assim desejarem.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Da palavra errante



Por Gonzalo Penalvo Rohleder, 14 de julho de 2011

Uma velha sabedoria diz que "toda palavra é um erro". Faz sentido, a palavra sempre falha em representar aquilo que é particular, único e amplo numa alma. Palavra é símbolo, é limitada, espera interpretação, é deformada pela interpretação, ganha vida com a interpretação.

 A palavra é um erro, é verdade, mas essa é só meia verdade. Ela também é acerto, pois é tentativa de expressar o que se move sem palavras dentro de nós. A própria vida é constante ensaio e incompletude, e acaso a vida é um erro por ser incompleta?
  
Persistente e teimosa peregrina é a palavra, com uma vontade de ferro em seus percalços à busca de mencionar o que não pode ser dito. Insistente como é, chega a vacilar às vezes, mas logo encontra outros caminhos para seguir adiante - e quanto mais tortuosos mais verdadeiros me parecem. Ela é um negativo dos estados interiores e a própria vida positivada.
  
Muitas vezes a falta da palavra, o calar constitui um erro.

Um comentário:

Paulo Athayde disse...

Olá, Luciana!

Encontrei seu blog quando "andava por ai", na rede. Gostei muito, mesmo, e comecei a seguí-la para ficar ligado em suas atualizações.

Um abraço

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